
O mexicano Carlos Slim, considerado o homem mais rico do
mundo, coloca a expansão da tecnologia 4G no Brasil como sua nova prioridade, e
garante que vai ampliar seus investimentos no País nos próximos anos em diversas
áreas, incluindo infraestrutura para grandes eventos esportivos. Ontem, em
Genebra, Slim também deixou claro que vê oportunidades na Europa, justamente
quando o continente enfrenta uma recessão. "Essa é a hora de
investir", disse.
As empresas de Slim já detêm 54% de todas as assinaturas
de TV paga no Brasil. As três empresas controladas por ele no País - Claro,
Embratel e Net - poderiam investir juntas cerca de US$ 10 bilhões, segundo
informações do fim de 2011. Parte da ofensiva está na expansão do sistema 3G de
telefonia celular, na busca de um número cada vez maior de consumidores.
Mas a principal aposta é mesmo o leilão do 4G, que ocorre
hoje no Brasil e promete ser um dos principais eventos do setor em 2012 no
mundo (ler abaixo). "Estamos muito ativos em telecomunicações no
Brasil", disse Slim. Questionado se os investimentos seriam incrementados,
o mexicano não hesitou. "Claro, vamos aumentar", disse. Segundo ele,
o Brasil "necessita de 4G, de mais infraestrutura, de mais velocidade".
Slim aponta que, na América Latina, a penetração do
celular já chega a uma taxa de 110%. Mas alerta que apenas falar ao telefone já
não é suficiente. "Temos de impulsionar até 2015 o acesso à banda larga.
Além disso, temos de ter novos aparelhos de telefonia, para mandar e receber
informações." Ele lembra que, hoje, só 12% dos celulares no mundo são
inteligentes. Nos Estados Unidos, a taxa já é de 50%.
"Temos projetos no Brasil para garantir a conexão de
milhares de povoados com satélites. O importante é conectar", disse. Ao
mesmo tempo, seu império se lança no setor de transmissão de eventos esportivos
pelo mundo. Uma de suas empresas deve iniciar a construção de cabos submarinos
para garantir o tráfego de dados entre o Brasil e os Estados Unidos. A meta é a
de entrar com força no mercado nacional antes da Copa de 2014 e da Olimpíada de
2016.

Europa. O Brasil não é o único objetivo do homem mais rico
do mundo. Slim não deixa dúvidas de que está em busca de negócios pela Europa,
um continente em crise há quatro anos. No mercado, rumores indicam que Slim
estaria buscando oportunidades em diversos países europeus, enquanto bilhões de
euros estão abandonando a região.
Uma dessas oportunidades estaria na Áustria. Privatizações
na Grécia, Portugal e em outros países também estariam em seu radar. Slim,
porém, se recusou a comentar sobre seus projetos.
Não por acaso, a solução que ele defende para a crise
europeia é justamente a venda de ativos detidos hoje pelos governos europeus.
"Os Estados estão esgotados na Europa. Devem vender suas estradas e seus
aeroportos e dar lugar aos investidores. Isso criaria atividade
econômica."
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