A atriz holandesa
Sylvia Kristel, que ficou famosa como a protagonista do filme erótico
"Emmanuelle", de 1974, morreu na noite de quarta-feira (17) vítima de
câncer, informou a agência que administrava sua carreira.
"Ela
morreu durante a noite, durante o sono", disse à France Presse Marieke
Verharen, da agência Features Creative Management, que representava a atriz, de
60 anos. A atriz foi casada com o escritor Hugo Claus, com quem teve o filho
Arthur, e nos últimos anos foi "muito feliz" com Peter Brul, segundo
seu site. Ela será enterrada em cerimônia fechada.
Verharen
afirmou que Kristel faleceu "em consequência de um câncer". A atriz
havia sido internada em julho em um hospital de Amsterdã, após sofrer um
derrame cerebral em casa. A
atriz vinha fazendo tratamento contra um câncer de garganta há dez anos, mas
precisou interromper o processo nos últimos dias devido a seu estado delicado.
O
filme francês "Emmanuelle", inspirado no romance homônimo de Marayat
Bibidh Andriane, rompeu, nos anos 1970, o tabu do sexo no cinema e inaugurou o
erotismo como elemento central da trama, sob a direção do francês Just Jaeckin.
Filmado
na Tailândia e nas Ilhas Seychelles com um orçamento de US$ 500 mil, o longa
arrecadou US$ 100 milhões e, em alguns países, como França e Japão, permaneceu
mais de uma década em
cartaz. Além de "Emmanuelle", atuou em cerca de 50
filmes internacionais, muitos deles de conteúdo erótico.
Sylvia
Kristel iniciou sua carreira como modelo juvenil, sendo escolhida Miss TV
Europe em 1972, tornando-a conhecida nos bastidores do universo do cinema. A
atriz se destacou também como Lady Chatterley na adaptação para o cinema do
romance de D. H. Lawrence, e como Mata Hari no filme homônimo sobre a vida da
espiã. Ainda na década de 1970, ela enfrentou problemas de dependência de
drogas e álcool e, em 2003, descobriu um câncer de garganta do qual chegou a se
recuperar.
Há
pouco mais de um ano, em abril de 2011, Sylvia confessou que gostaria ter um
"pequeno papel" na versão 3D que está sendo feita do filme, e disse
que desejava continuar na carreira de produtora, após ter dirigido em 2008 o
curta-metragem de animação "Topor et moi".
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